DEVOCIONAIS DE VITÓRIA
(03-09/07/16)
“...não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça
e incorra na condenação do diabo” (1a Timóteo 3.6).
A igreja tem
convivido com uma postura que não encontra respaldo na prática apostólica. Os
novos na fé são admirados e os antigos dado ao descaso. Vamos mudar o olhar. Os
antigos na fé olham para os novos suspirando – com saudade dessa disposição – e
os novos olham para os antigos com tristeza por não encontrar neles motivação
para serem melhores na fé. Diferente do que era vivenciado no tempo apostólico,
os novos na fé olhavam para os experientes como um desafio: quando se chegaria
àquela estatura! O novo na fé não era detido em sua fome por servir, mas mentoriado.
Esperava-se muito dos novos na fé, mas não para agora. Eles ainda deveriam
passar pelas provações da vida e da soberba, do discipulado e da comunhão
cristã e da tentação da carne, do mundo e do diabo. Percebe-se essa realidade
no tratamento dado por Paulo a Timóteo. Apesar de um pouco novo (na fé e na
idade) precisou adentrar o campo da consolidação do trabalho missionário. Paulo
mentoria Timóteo. Não coloca nenhuma expectativa sobre ele, mas perspectiva de
temor, modéstia e prudência. Isso nos faz pensar sobre a confusão que se tem
criado quanto à escolha da liderança cristã. Se alguém se mostra eufórico e dado
à disposição ao servir, já é cotado como um pretendente imediato a tal posto.
Parece que a euforia em servir é o antídoto contra o vacilo na fé e a
credencial à indicação a assumir cargos. Ocorre que fazendo isso estamos
colocando tal pessoa em risco. Sem mentoria e experiência de vivencia cristã, estar-se
a mercê de dois perigos. O primeiro é o da soberba. Quer saber quem é alguém,
dê-lhe poder. O novo na fé, diante da empolgação da conquista, pode não ser
capaz de deter a força da soberba presente na raiz de nossa pecaminosidade.
Isso pode levar ao segundo perigo, o da condenação do diabo. A soberba é a
chance que o diabo precisa para destruir, não apenas a liderança do cristão,
mas a sua própria espiritualidade. Temos que ter todo cuidado em não
comprometer os nossos jogando-o nas malignas mãos do diabo ao negligenciar a
orientação bíblica. O novo na fé deve viver intensamente a sua nova vida em
comunhão e serviço cristão. Somente a mentoria, experiência e o chamado de Deus
pode determinar sua condição para assumir a liderança na igreja. Deus seja sua
vitória sempre!
* * *
"O novo na fé, diante da empolgação da conquista, pode não ser capaz de deter a força da soberba presente na raiz de nossa pecaminosidade".
* * *
0 Comentários