DEVOCIONAIS DE VITÓRIA
(29/01-04/02/17)
“Escrevo-te estas coisas, esperando ir ver-te em breve; para que, se eu tardar fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é a Igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade” (1ª Timóteo 3.14-15).
(29/01-04/02/17)
“Escrevo-te estas coisas, esperando ir ver-te em breve; para que, se eu tardar fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é a Igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade” (1ª Timóteo 3.14-15).
A palavra do ano de
2016, escolhida pela Oxford Dictionaries, foi “pós-verdade”. Essa palavra é
usada para mostrar como as pessoas estão se deixando influenciar pelos apelos
emocionais dos boatos mais do que pelos fatos objetivos. No fundo, isso mostra
como a busca pela verdade não faz parte da motivação das pessoas. Ao lado dessa
palavra, é possível escolher a mentira como palavra chave para se compreender a
dimensão da pecaminosidade humana. Existe uma dependência crônica do uso da
mentira de forma a ser considerada indispensável às práticas sociais e
justificadora das negligências humanas. Torna-se mais grave quando a mentira
assume sua condição de erro doutrinário e engano religioso. A filha do diabo
não poupa nenhuma estrutura. Estaria tudo perdido? Estamos mesmo a mercê da
mentira? A realidade pós-verdade é soberana? Vez por outra grupos religiosos
tem se envolvido com a mentira. Isso tem favorecido ao desenvolvimento de
determinada suspeita em relação à igreja. Apesar dessa realidade, devemos nos
deixar encaminhar pelo conceito paulino de igreja. Essencialmente, a verdadeira
igreja é “coluna e baluarte da verdade”. Veja que a igreja é exaltada como
reduto onde a verdade é defendida. Diante disso, podemos destacar duas
verdades. A primeira diz respeito a própria identidade da igreja. Ela não foi apenas
fundada pela verdade (Jesus Cristo) e prega a verdade (a Palavra de Deus), mas se
torna espaço onde a verdade encontra abrigo e é protegida. A segunda diz
respeito a missão da igreja. Ela não assume apenas a tarefa apologética
(defesa), mas proclamadora da verdade. Nessa proclamação, ela denuncia o erro e
afirma a verdade num mundo que tomou a mentira como parceira cultural. Somos a
Igreja do Deus vivo. Nosso propósito é o estabelecimento do Reino de Deus:
realidade de pós-mentira. Ainda que as garras da mentira tenha ferido alguma
expressão religiosa cristã, não pode nos alienar da identidade, valor e
missão da igreja. Venceremos a mentira e o pai dela (o diabo) sendo verdadeira
igreja da verdade e não nos afastando dela. Que nossa postura seja como a de Atanásio de Alexandria (séc. III-IV
d.C.), chamado de campeão da ortodoxia: “Se o mundo for contra a verdade, então
Atanásio será contra o mundo”. Deus seja nossa vitória nessa semana.
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"Ainda que as garras da mentira tenha ferido alguma expressão religiosa cristã, não pode nos alienar da identidade, valor e missão da igreja".
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