DEVOCIONAIS DE VITÓRIA
(05-11/04/20)
“...que proíbem o casamento e exigem abstinência de alimentos
que Deus criou para serem recebidos, com ações de graças, pelos fiéis e por
quantos conhecem plenamente a verdade” (1ª Timóteo 4.3).
É marca dos últimos
tempos, segundo Paulo, que alguns apostataram da fé. Todavia, essa troca da fé
verdadeira pela falsa não é automotivada, mas resultado da influência de uma
liderança forjadora de seita. Agora, finalmente, veremos a última característica
dessa liderança que induz à apostasia.
Marcadamente, a
liderança que influencia a apostasia tem aspecto de fundamentalismo religioso.
A pessoa é levada a acreditar que as exigências que se pede realmente tornam a
prática da fé eficaz e garante os resultados esperados. É a velha “não toques,
não proves e não manuseeis”: revestida com moralismo na área da sexualidade e
de uma dieta. Por esse caminho trilhou o farisaísmo e foi condenado por Cristo.
Pelo mesmo caminho segue aquele que se deixa influenciar ao absurdo da
apostasia.
É necessário enfatizar
como o moralismo religioso ainda é um fascínio para muitos. Se ele está
presente no discurso, o aplauso é garantido. Com o moralismo religioso, o lobo
facilmente se vente de ovelha e destrói o rebanho. Isso porque ainda vinculamos
o moralismo com a verdadeira espiritualidade e santidade. Assim, num ato de
celibato (abstinência do casamento/sexo) parece estar presente a plenitude da
santidade. Quem disse que o jejuador se encontra num estágio superior aos
demais cristãos?
Todo cuidado é pouco. As
obras da lei do fundamentalismo religioso não conferem santidade somente pela
sua prática. Que nos diga Martinho Lutero que tentou através das penitências e
jejuns viver de forma agradável a Deus e mesmo assim a culpa era sentida no
coração. Somente depois, descobriu que é pela fé que agradamos a Deus e dele
recebemos o perdão dos pecados. Tinha início a Reforma Protestante do século XVI!
Se Deus não proibiu,
quem pode vetar? Devemos dar graças a ele por cada dádiva. Se Deus criou determinada
fruta para nos alimentar, como podemos dizer que é um sacrilégio comê-la?
A verdade nos liberta
do fascínio do mal. Aquele que segue a verdade de Deus recebe com gratidão toda
dádiva divina. Ele sabe usar a providência divina para a glória de Deus em
tudo.
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As obras da lei do fundamentalismo religioso não conferem santidade somente pela sua prática.
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